O sol se erguia a pino,
era quase meio dia quando os portões da grande Arena de Valkaria se abriram, o
vento trazia uma brisa suave dos campos, o cheiro característico de cereais
sendo recolhidos nas fazendas próximas enchia a narina do gladiador. Aquele era
um bom dia para morrer.
O céu azul e límpido
refletia como os olhos do gladiador, as poucas nuvens eram como as pequenas
dúvidas que cruzavam a sua mente, mas não, com certeza tudo daria certo,
afinal, aquele era um bom dia para morrer.
E foi assim que ele
adentrou a arena para se preparar, nas celas os seus companheiros gladiadores
se entreolhavam confiantes, lentamente os passos dos espectadores começaram a
rugir sobre suas cabeças, a Arena começava a ter vida, os assentos sendo
ocupados, em poucas horas os combates se iniciariam, machados, espadas, flechas
e magia, a terra se encheria de sangue e os corações se encheriam de emoção,
todos os gladiadores estavam prontos, aquele era um bom dia para morrer.
Mas é claro, nenhum deles
queria morrer, isso era apenas algo que diziam a si mesmos para demonstrarem
coragem e intimidar uns aos outros, ninguém gostaria de morrer para a diversão
de pessoas que se esqueceriam deles até o dia seguinte, eles eram apenas
gladiadores, mas seres humanos, pessoas com sentimentos e foi por isso que
nenhum deles subiu para a Arena.
Enquanto todos se
preparavam para as lutas, espadas eram afiadas, armaduras e placas eram
apertadas e conferidas eles adentraram. 2 grupos de heróis, 2 grupos de
aventureiros e nesse momento todos os gladiadores tremeram. Uma coisa era
enfrentar seus companheiros gladiadores que treinavam diariamente e colocavam
suas vidas em risco na Arena, mas aquilo era diferente.
Quando o Minotauro pisou no grande salão o chão tremeu, sua armadura poderosa e reluzente era mais pesada que um ser humano comum, e mesmo assim ele andava como se estivesse usando apenas roupas leves de baile, suas poderosas pernas e cascos faziam o chão ecoar com cada passada, o enorme machado táurico em suas costas era do tamanho do gladiador, ao seu lado seguia uma jovem de compleição leve e muito bela, tinha um quê de élfico, mas claramente não era uma elfa, emanava um aroma de terra e folhas frescas como se estivessem em uma floresta e não no salão fétido da Arena de Valkaria, e do outro lado seguia um elfo também esguio mas claramente com braços poderosos, seus dedos tinham os calos clássicos de quem treina o arco diariamente, em suas costas um arco incrivelmente detalhado e que provavelmente custava mais do que as posses de todos os 50 gladiadores juntos, sua aljava pendia displicentemente mas o gladiador sabia, em menos de 1 segundo 3 flechas estariam na cabeça de quem tentasse ataca-lo.
O outro grupo também era intimidador, mas de uma forma um tanto quanto bizarra, ao centro ia um meio-orc, muito incomum na cidade, mais incomum ainda eram suas vestimentas cheia de símbolos arcanos e tribais, mas por baixo dessas vestes claramente ele estava de armadura, um arcano de armadura é quase tão raro quanto um meio-orc, e seu olhar demonstrava a inteligência de ser um conjurador experiente e não um meio-orc bárbaro, ao seu lado seguia alguém tão alto quanto o meio-orc, um humano muito forte e completamente selado em uma armadura de metal, apenas seus olhos eram visíveis por baixo do elmo completamente fechado, suas postura digna e empertigada demonstrava que sua honra era inabalável, sua espada extremamente bem cuidada presa a sua cintura sempre pronta para uma luta justa, e do outro lado do meio-orc seguia uma figura depressiva, de compleição um pouco mais acinzentada que o normal, com olhos tristes e misericordiosos, claramente uma criatura extra planar com vestes humildes e características de um clérigo.
Quando o Minotauro pisou no grande salão o chão tremeu, sua armadura poderosa e reluzente era mais pesada que um ser humano comum, e mesmo assim ele andava como se estivesse usando apenas roupas leves de baile, suas poderosas pernas e cascos faziam o chão ecoar com cada passada, o enorme machado táurico em suas costas era do tamanho do gladiador, ao seu lado seguia uma jovem de compleição leve e muito bela, tinha um quê de élfico, mas claramente não era uma elfa, emanava um aroma de terra e folhas frescas como se estivessem em uma floresta e não no salão fétido da Arena de Valkaria, e do outro lado seguia um elfo também esguio mas claramente com braços poderosos, seus dedos tinham os calos clássicos de quem treina o arco diariamente, em suas costas um arco incrivelmente detalhado e que provavelmente custava mais do que as posses de todos os 50 gladiadores juntos, sua aljava pendia displicentemente mas o gladiador sabia, em menos de 1 segundo 3 flechas estariam na cabeça de quem tentasse ataca-lo.
O outro grupo também era intimidador, mas de uma forma um tanto quanto bizarra, ao centro ia um meio-orc, muito incomum na cidade, mais incomum ainda eram suas vestimentas cheia de símbolos arcanos e tribais, mas por baixo dessas vestes claramente ele estava de armadura, um arcano de armadura é quase tão raro quanto um meio-orc, e seu olhar demonstrava a inteligência de ser um conjurador experiente e não um meio-orc bárbaro, ao seu lado seguia alguém tão alto quanto o meio-orc, um humano muito forte e completamente selado em uma armadura de metal, apenas seus olhos eram visíveis por baixo do elmo completamente fechado, suas postura digna e empertigada demonstrava que sua honra era inabalável, sua espada extremamente bem cuidada presa a sua cintura sempre pronta para uma luta justa, e do outro lado do meio-orc seguia uma figura depressiva, de compleição um pouco mais acinzentada que o normal, com olhos tristes e misericordiosos, claramente uma criatura extra planar com vestes humildes e características de um clérigo.
Mesmo sendo apenas um
gladiador ele percebeu a aura mágica intensa que emanava de ambos os grupos, o
poder deles estava muito acima do que qualquer mero gladiador poderia alcançar,
aqueles eram heróis, eram aventureiros capazes dos maiores feitos, nada poderia
pará-los, não havia um maldito gladiador naquela Arena inteira capaz de
arranhar qualquer um deles, e assim o gladiador caiu de joelhos, ele sabia que
se subisse na arena aquele não seria um bom dia para morrer, seria com certeza
o dia de sua morte e por isto nenhum gladiador ousou se mover enquanto os dois
grupos atravessavam o salão e se dirigiram para a Arena, aquele dia era deles e
só eles iriam lutar ali.
A Arena de Valkaria
estava lotada, nobres, dignitários, aventureiros, heróis e o povo comum, todos
lotavam a arena, os camarotes estavam cheios, as arquibancadas estavam cheias,
a excitação reverberava no ar, assim como a poeira se erguia da arena quando as
portas se abriram, os dois grupos adentraram, cada qual em seu lado,
rapidamente ambos os grupo fizeram suas preces e teceram suas magias, eles
estavam prontos, aquele era o dia deles, aquela era a grande final do
campeonato e Valkaria e apenas um lado seria o vencedor.
O minotauro estava inquieto, seu sangue guerreiro já fervia enquanto seus companheiros se preparavam para o combate, seu machado pronto e em riste, seus músculos tensos e prontos para disparar em direção ao oponente, a druida fez suas preces e concedeu poderes divinos, do chão brotaram gavinhas que formaram uma elegante armadura ao seu redor, o arqueiro se posicionou para disparar atrás de cobertura e conseguir o melhor ângulo para infligir o maior dano possível. Do outro lado o meio-orc teceu suas magias arcanas, e preparou suas armas, o cavaleiro fez suas reverências e se preparou para a batalha, o clérigo orou e pediu a proteção a seu deus, e sem nenhum alarde a luta estava iniciada.
O minotauro estava inquieto, seu sangue guerreiro já fervia enquanto seus companheiros se preparavam para o combate, seu machado pronto e em riste, seus músculos tensos e prontos para disparar em direção ao oponente, a druida fez suas preces e concedeu poderes divinos, do chão brotaram gavinhas que formaram uma elegante armadura ao seu redor, o arqueiro se posicionou para disparar atrás de cobertura e conseguir o melhor ângulo para infligir o maior dano possível. Do outro lado o meio-orc teceu suas magias arcanas, e preparou suas armas, o cavaleiro fez suas reverências e se preparou para a batalha, o clérigo orou e pediu a proteção a seu deus, e sem nenhum alarde a luta estava iniciada.
O minotauro disparou ao
centro da Arena, o cavaleiro disparou em sua direção para encontra-lo em armas,
o meio-orc partiu em volta dos dois para tentar alcançar os flancos, o arqueiro
correu para atrás das estátuas da arena e disparou suas flechas tentando acabar
a luta de forma rápida e rasteira, mas o meio orc havia lançado uma parede de
vento que o atrapalhou, a druida invocou uma tempestade de relâmpagos sobre a
arena que começou a atingir os oponentes, o clérigos abriu asas de couro
enormes e alçou voo para se manter em segurança, nesses meros segundos a Arena
tremeu com o clamor ensurdecedor da torcida.
A audiência foi ao êxtase
com a ferocidade dos lutadores e seu ímpeto de sangue, as pessoas gritavam,
mulheres desmaiaram, jovens imitavam os golpes, no centro deste turbilhão de
emoções estava o foco absoluto, a rigidez marcial do Minotauro que travava a
mais intensa batalha que a Arena já vira até então, golpes pesados da enorme
criatura batiam contra a armadura do cavaleiro, a espada ágil e precisa do
cavaleiro não conseguia encontrar espaço na armadura pesadíssima do Minotauro,
as armas se chocavam com força esmagadora, qualquer pessoa comum não teria
resistido a nenhum golpe, e mesmo assim a luta continuava, faíscas voando para
todo lado enquanto aço encontrava aço.
Lentamente o suor e o sangue começaram a se misturar, mesmo os golpes não sendo limpos e definitivos ambos começaram a se ferir, cortes surgiam pelas articulações da armadura, mas a luta continua com os guerreiros envoltos em aço no centro da Arena.
Lentamente o suor e o sangue começaram a se misturar, mesmo os golpes não sendo limpos e definitivos ambos começaram a se ferir, cortes surgiam pelas articulações da armadura, mas a luta continua com os guerreiros envoltos em aço no centro da Arena.
Enquanto isso o meio-orc
avançava lateralmente em direção a druida e o arqueiro se esgueirava em
furtividade pela parte de baixo entre as estátuas, o clérigo sulfure tentava
avançar e curar o cavaleiro ao mesmo tempo enquanto tomava os relâmpagos da
druida, vendo que era fútil continuar a curar antes de derrubar a druida ele
partiu pra cima dela com um soco de arsenal poderoso mas que não foi suficiente
para dispersar a concentração da Druida, que permanecia firma com sua chuva de
relâmpagos pela arena, enquanto isso o arqueiro conseguiu dar a volta completa
na arena e começou a atacar os adversários pelas costas de maneira muito
efetiva, não havendo outra maneira de se proteger o clérigo usou seu poder
sobrenatural e invocou uma enorme área de escuridão que cobriu 1/3 da Arena,
dentro dela se encontravam o meio-orc, a druida e o clérigo, depois de alguns
segundos de indecisão o meio-orc achou um meio de sair da área de escuridão e
foi se esgueirando e se protegendo para tentar acertar o arqueiro.
Dentro da escuridão a
druida finalmente parou de soltar relâmpagos e passou a tentar localizar o
clérigo, no meio dessa confusão toda o arqueiro resolveu atirar dentro da área
de escuridão, a primeira flecha não encontrou alvo, mas a segunda flecha foi
certeira, um tiro direto no peito de sua
companheira druida que a atravessou e a levou a nocaute imediatamente, enquanto
isso o clérigo saiu da escuridão e foi avistado pelo arqueiro que imediatamente
o derrubou, equilibrando novamente a luta em dois contra dois, mas não
percebendo que o meio-orc se aproximara demais e partiu para cima dele com
magias e ataques, foi uma luta de proximidade excepcional onde o arqueiro se
reposicionava atirando contra o meio-orc e o meio-orc o caçava tentando
derrubá-los, após três trocas guerreiro arcano levou a melhor e derrubou
finalmente o arqueiro, mas quando se virou, exausto e já praticamente sem magia
restantes viu que o cavaleiro estava se defendendo desesperadamente e quase
desmaiando contra o enorme minotauro, e foi nesta hora que aconteceu a luta que
marcou como fogo na mente dos gladiadores, o poderoso minotauro enfrentou dois
oponentes duros, sangue se espalhou pela areia fazendo um mosaico marrom e
vermelho, as lâminas giravam, gritavam e trombavam com uma intensidade jamais
vista, o cavaleiro com o apoio de seu companheiro finalmente começou a reagir,
mas com um golpe que alguns podem dizer que foi sorte, outros que foi o mérito
de anos de treinamento rígido e militar o minotauro girou em seu eixo e
desferiu um golpe com o machado com força estupenda abrindo a couraça do
cavaleiro no meio do peito e o derrubando, provavelmente com algumas costelas
quebradas ou até mesmo morto.
Apenas dois guerreiros se
encontravam em pé nesse momento, a arena ficou silenciosa com a tensão, as
pessoas prendiam sua respiração, os nobres sempre desdenhosos se seguravam
pelas braços das poltronas como se estivessem caindo de um penhasco, os golpes
recomeçaram, um golpe, dois golpes, três golpes, era difícil contar, ambos os
lutadores exibiam uma compleição cansada, mas aparentemente a luta do meio-orc
foi mais dura, favorecendo uma das pernas ele fechava o semblante com cada
ataque recebido, deixando transparecer uma dor fenomenal, o minotauro parecia
incansável, mas olhos atentos notavam que sua armadura pingava sangue, ele
também estava muito ferido, e a luta terminou tão rápido como começou, como se
fosse uma jogada de dados nimb o minotauro ergueu seu machado contra o
enfraquecido e quase desmaiado guerreiro mágico, mas seu cansaço o tomou de uma
só vez, o arco foi grande demais, a força foi descontrolada e o golpe passou
por sobre a cabeça do meio-orc com força o bastante para arrancá-la, mas
encontrando apenas o ar, o minotauro de desequilibrou, terminando seu movimento
com um dos joelho dobrados de forma estranha e baixa, era aquela a oportunidade
que os deuses oferecem e o maior campeão que a Arena de Valkaria a agarrou, com
um movimento rápido e preciso o meio-orc aproveitou a força do movimento
desengonçado do minotauro e desferiu um golpe incrível contra a cabeça de seu
adversário, o elmo explodiu em 3 partes, sua arma penetrou fundo na carne, o
golpe com certeza seria fatal não fosse a qualidade da armadura que o minotauro
vestia, mas o ferimento foi profundo demais e ele tombou.
A plateia começou a pular
e gritar comemorando o nascimento de uma lenda, os gritos eram ensurdecedores e
o meio-orc já não se aguentava mais em pé, caindo de joelhos ele ergueu sua
arma e soltou um urro de triunfo e desde então os gladiadores contam sua
história, contam o dia em que heróis poderosíssimo vieram à Arena e mostraram a
todos como era a luta daqueles que caçam monstros e vilões terríveis com um
sorriso no rosto, uma luta feita por aqueles que realmente acreditam que aquele
é um bom dia para morrer, e não tem medo desse ser, realmente, o dia que
morrerão.
x
Luta memorável. Mesmo podendo a batalha lembro da adrenalina pulsando... Foram bons momentos de fúria e jogadas de dados razoáveis! Rsrs
ResponderExcluirAinda lembro que o minotauro atacava sem parar, e toda rodada eu achava que ia perder a batalha, no fim a persistência valeu a pena, e uma falha crítica seguida de um acerto crítico virou o jogo.
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